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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Vídeos para a consciencialização contra a corrupção - Resultados da iniciativa "Imagens contra a Corrupção"

O Concelho para a Prevenção da Corrupção lançou em 2013 um concurso de consciencialização e criatividade para alertar os jovens para o problema da corrupção. O concurso "Imagens contra a Corrupção" gerou excelentes vídeos, com muitos a tocar no ponto sensível que temos vindo a defender neste movimento: a necessidade de mais cidadania, ética, consciencialização e in formação para o tema.


Coincidência ou não, estas foram algumas das medidas práticas que defendemos neste movimento: iniciativas que envolvam os jovens e os façam pensar e atuar perante os problemas da corrupção através de concursos criativos que produzam peças que reforcem a consciência ética e cívica. Por isso, só podemos parabenizar e louvar esta iniciativa. Agora muito mais haverá por fazer, pois será sempre junto das gerações mais jovens que se conseguiram mudar mentalidades.
 

Os vídeo finais podem ser consultado no canal de youtube em: https://www.youtube.com/user/ConcursoCPC



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Artigo de Divulgação do Movimento ANTI-Corrupção no P3 do Jornal Público


Gostaríamos de agradecer ao P3 (um projeto online ligado ao Jornal Público), e especialmente à jornalista Mariana Correia Pinto, por nos ter contactado e feito uma entrevista ao criador do Movimento ANTI-Corrupção. O artigo, ainda que pareça muito pessoal, foi concedido para que as ideias e valores que temos vindo a defender, aqui no movimento, possam chegar a mais pessoas. Apesar de ter sido necessária alguma exposição pessoal, foi um pequeno sacrifício para que a mensagem cívica pudesse passar efetivamente. Tendo em conta que recebemos subitamente mais de 300 gostos na página de facebook e muitas centenas de visitas aqui no blogue, parece que se conseguiu levar a mensagem a novos públicos.
 
 
Continuaremos, de um modo voluntario e informal, a defender as propostas que colocamos em petição e uma nova perspetiva cívica, evitando extremismos e exageros que podem fazer inquinar a luta por uma sociedade mais justa, transparente e ética - que assente numa forte cidadania consciente e responsável.





 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Entrevista ao Movimento ANTI-Corrupção para a Revista C

http://www.cnoticias.net/
O Movimento ANTI-Corrupção foi contactado pela revista Notícias C de Coimbra para responder a algumas perguntas para o tema de uma das suas revistas semanais de Junho. Assim, estas foram as perguntas que nos colocaram e as respostas que elaboramos para as mesmas, segundo os princípios pelos quais nos temos batido neste movimento cívico - que se tem tentado dirigir a sua acção para a consciencialização e necessidade para reforçar a informação e educação cívica, visando uma nova ética colectiva e individual.

Das várias questões colocadas foram publicadas apenas as três primeiras respostas.


1 - A corrupção é um problema só do poder político ou está na sociedade portuguesa?
Na nossa opinião, e perceção, a corrupção é transversal a toda sociedade portuguesa. Podemos ver pequenos e grandes atos de corrupção em todas as franjas da nossa sociedade. Por vezes, a dimensão desses atos depende apenas do poder e oportunidades de corromper e ser corrompido de cada individuo. Pode haver corrupção, implícita ou explícita, tanto na mais comum das filas como nos grandes negócios públicos e privados. O elo, ou o que aglutina todos estes casos, é a falta de ética cívica e profissional. Ou seja, o obter de um benefício que não era devido.
Como costumamos dizer: Eticamente e economicamente pode ser tão grave os muitos que roubam pouco como os poucos que roubam muitos, pelo menos o resultado efetivo prático é o mesmo.
A corrupção atenta contra os próprios princípios democráticos, pois cria desigualdades entre cidadãos. Isso deveria torna-la um problema central da vida política nacional.

2 - Os portugueses também são responsáveis, ao continuarem a eleger para cargos públicos pessoas arguidas ou condenadas por crimes de corrupção?
Aqui a dimensão do problema é histórica e sociológica. Existem grandes influências da dita “sociedade paroquial” e de um clientelismo latente. Muitos indivíduos colocam-se por hábito e necessidade sobre dependência de quem os pode proteger ou auxiliar, criando-se cadeias e redes de trocas de favores e quase vassalagens. Isto revela as fragilidades democráticas e a igualdade de oportunidades como principio e valor ainda por concretizar. Muitas vezes os cidadãos vêm-se na contingência de corromper para ter acesso aquilo que deveriam ter direito, ou que pensam ter direito. Por outro lado, existe alguma dificuldade em distinguir o que é público do que é privado. Tudo isso, pode contribuir se considere aceitável algumas eleições polémicas. Uma deficiente consciência cívica e política tendem a aceitar o político que “é corrupto mas faz obra”, independentemente dos custos, a vários níveis, que isso possa ter.


3 - É mais importante uma mudança nas leis de combate à corrupção ou na mentalidade dos cidadãos?
As leis de combate à corrupção podem sempre ser melhoradas, mas, do ponto de vista mais prático e pragmático, a própria justiça precisa é de mais meios, quer de meios materiais quer de formação e especialistas para poder responder aos casos cada vez mais complexos de corrupção, especialmente aquele que se relacionam com os crimes de “colarinho branco”. Se por vezes a justiça parece, aos olhos do cidadãos, não funcionar, a razão está, muitas vezes, nos poucos meios disponíveis, e na dificuldade de reunir provas.
Do ponto de vista da mentalidade, ou daquilo que costumamos apelidar como fenómeno cultural, a corrupção está muito enraizada em Portugal. O clientelismo e as características de sociedade paroquial, como já referimos, condicionam a atitude dos portugueses. Sem dúvida que precisamos de mais consciência para o fenómeno. Precisamos de um novo desenvolvimento ético. Muitos dos casos de corrupção poderiam ser evitados se os cidadãos tivessem outra postura, se estivessem mais informados e conscientes das implicações dos atos em que participam, direta ou indiretamente, já para não falar do contrassenso ético que é a pequena corrupção ser aceitável entre os cidadãos comuns, quando os mesmos condenam moralmente e consideram inaceitável a grande corrupção. Uns não devem desculpar os outros, e cada um, no seu papel que desempenha socialmente, por questões éticas, deveria primar pelo próprio bom exemplo. Não defendemos que o exemplo deve vir de “cima ou de baixo”, ele deveria vir de todos os lados, pois à cidadania integra tem de ser um valor por si própria.

4 - Casos como o de José Eduardo Simões (que, alegadamente, receberia dinheiro não para si mas sim para a Académica) podem levar as pessoas a serem “condescendentes” em relação à corrupção?
Não vejo em que será diferente receber uma mais-valia através de esquemas de corrupção para benefício próprio ou para terceiros, a questão é de ética e prende-se com a prática e não com o beneficiário.

5 - O facto de haverem tão poucas condenações e ainda menos penas de prisão efetiva para crimes de corrupção pode passar a ideia de que estes crimes são quase sempre impunes e que, por isso, não vale a pena denunciá-los?
São vários os estudos que apontam para a falta de meios, por parte do nosso sistema de justiça, para poder responder os casos de corrupção. No entanto, muitos outros estudos referem como o excesso da burocracia nacional entrava os vários serviços públicos, sendo a justiça um deles.
No caso nacional, as condenações por casos de corrupção dependem em demasia da denúncia, até porque os meios próprios judiciais são escassos. É sabida a conotação negativa que ainda tem na sociedade portuguesa o ato de denunciar algo. Ainda existem associações pejorativas ao “bufo” da época do Estado Novo. Independentemente disso, o sistema de denúncias informático do DCIAP registou em 2011 menos de um milhar de denúncias, e muitas delas eram apenas difamações e queixas infundadas e que nada tinham que ver com casos de corrupção. Isto pode levar a concluir que o serviço não está a ser devidamente divulgado e que os portugueses compreendem mal os fenómenos da corrupção e qual o seu papel ativo no seu combate. Daí ser imperativo apostar em mais formação cívica para uma nova cidadania e ética auxilie a uma atitude cívica capaz de contribuir para reduzir as práticas de corrupção. Essa tem sido uma das nossas propostas no Movimento ANTI-Corrupção, pois o combate à corrupção em Portugal nunca foi devidamente tomado e assumido do ponto de vista educativo e informativo.

6 - A prescrição, como no caso de Domingos Névoa, ou a absolvição, no caso de Fátima Felgueiras, de casos de corrupção desacreditam a Justiça portuguesa?
Não sendo especialistas em direito, só podemos partir do princípio que quando alguém é absolvido ou tomado como culpado significa que a justiça funcionou. De qualquer dos modos, toda a construção humana, tal como o sistema de justiça, pode ser melhorada. Nestes casos mediáticos existe muita informação e contrainformação, sendo difícil tomar uma opinião sobre o assunto, especialmente quando somos leigos em matérias judiciais e penais. No entanto, a nossa justiça seguramente seria melhor se tivesse mais meios ao seu dispor. Também a avaliação cívica por parte dos cidadãos seria mais assertiva se tivéssemos mais informação e formação para lidar com estes casos.

7 - Da experiência que têm tido no Movimento, os portugueses estão mais empenhados na luta contra a corrupção?
Temos a sensação que começa a surgir uma nova consciência e perceção para a corrupção, isto apesar do barómetro internacional dizer que estamos a piorar em Portugal. Sentimos isso porque são cada vez mais as pessoas a aproximarem-se do nosso movimento informal, a solicitarem informações e a disponibilizarem-se para ajudar.
Com o desenvolvimento social, com o desenvolvimento da democracia, do envolvimento cívico e uma cidadania mais ativa, com mais informação e formação, a sociedade portuguesa parece começar a mudar. Algumas práticas que se podem associar à corrupção começam a ser tomadas cada vez mais como inaceitáveis. Mas a mudança não ocorre de um modo rápido. O Movimento ANTI-Corrupção tem proposto intervenção junto dos cidadãos, especialmente junto dos mais novos – das crianças -, para incentivar o acelerar dessa nova consciência ética que nos faz falta para serem os próprios cidadãos os principais agentes de combate à corrupção. Por vezes basta que os cidadãos se imiscuíam das práticas de corrupção e que passem a condenar socialmente, com mais veemência, o fenómeno nos meios e comunidades em que se inserem.
A mudança é possível, temos outros exemplos que comprovam isso. Hoje, por exemplo, depois de muito trabalho de informação, consciencialização e educação ambiental os hábitos dos portugueses mudaram. Acreditamos que isso, com vontade e determinação, poderá ser possível também para termos uma sociedade mais justa e transparente, ou seja, uma sociedade menos corrupta. Quanto mais tarde começarmos a fazer esse trabalho pior. São anos vamos perdendo enquanto nada fazemos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fim das aulas de Educação Cívica - menos uma ferramenta para combater a corrupção

Uma das medidas que sempre defendemos no Movimento ANTI-Corrupção é o recurso a medidas formais e informais de educação para mais ética e cidadania como ferramenta de combater a corrupção. O fim das aulas de Educação Cívica é um retrocesso no combate à corrupção, pois essa valência poderia ser utilizada como veiculo para concretizar a vertente da prevenção pela informação, formação e consciencialização. Cada vez mais precisamos de despertar nas gerações vindouras uma cidadania positiva e activa, uma nova ética social.
A seguinte notícia, publicada no Jornal Público em 14 de Janeiro de 2012, do Conselho da Prevenção da Corrupção (CPC) reforça isso mesmo:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Entrevista para a Antena 1

Há já quase um ano, depois da participação no 10º Ignite Portugal em Lisboa, onde Micael Sousa - o fundador do Movimento ANTI-Corrupção - participou com um "talk", Sónia Morais Santos levou a cabo uma entrevista para a Antena 1 sobre as iniciativas do movimento e do blogue. A entrevista ao criador do Movimento Anti-Corrupção foi feita para o programa "Nós Vencedores", da responsabilidade da jornalista Sónia Morais Santos, isso numa semana eram entrevistadas várias pessoas com o tema "Cidadãos contra a Inércia".
Mesmo tendo já decorrido muito tempo desde a entrevista essa conversa e declaração mantém-se ainda e cada vez mais atual, sendo que a partilhamos agora aqui no blogue:

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O exemplo do combate à evasão fiscal na Suécia

Porque tem tudo que ver com corrupção, fazemos aqui no blogue mais umas referências à economia paralela, e a alguns exemplos de países como a Suécia que estão a estão a tentar reduzir esse modo de corrupção económica ao mínimo possível. O Governo Sueco tem como objetivo reduzir a sua já diminuta economia paralela, de cerca de 10% do PIB, para zero (1). Esta vontade, e necessidade, de reduzir a evasão fiscal, fará então ainda mais sentido em países como Portugal, onde o valor da economia paralela ronda, com tendências para aumentar, os 25% do PIB (2).
 
Em Portugal os meios de combate à evasão fiscal estão muito aquém dos que, por exemplo, dispõem as autoridades Suecas (3). O caso do sigilo bancário e outras barreiras à informação e de cruzamento de dados impede a transparência e dificulta a ação das autoridades. Mas nem tudo se deve aos fatores legais e administrativos, a própria cultura – no sentido lato do termo que se relaciona com a organização social - da própria sociedade e seus cidadãos pesa muito nestas contas e percentagens. A corrupção e a evasão fiscal são socialmente inaceitáveis em países como a Suécia. Já por Portugal, como demonstram vários estudos (4), o caso não é o mesmo, podendo em alguns casos a conotação social do fenómeno ser exatamente oposta. A cultura e sociedade paroquial construída e instituída em Portugal têm uma influência inegável (4).
Assim, o combate à corrupção e evasão fiscal terá de passar por aumentar os meios e liberdade de atuação das autoridades estatais, na mesma medida em que se deve fazer um forte trabalho de consciencialização e prevenção pela informação, educação e reforço da ética em Portugal. Há necessidade de reformar os meios legais, processuais, a própria ética e espírito cívico.

Nota: relembramos e apelamos à assinatura e divulgação da nossa petição que sugere alguns caminhos pela prevenção pela informação, educação e reforço da ética em Portugal: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N3298

Referências Bibliográficas:
(1) –“ Suécia acabará com economia paralela dentro de cinco anos”, disponível em:
http://economia.publico.pt/noticia/suecia-acabara-com-economia-paralela-dentro-de-cinco-anos-1527484
(2) – “Economia paralela atingiu um quarto do PIB”, disponível em: http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1731338
(3) - “Quando o Fisco sueco sai à rua consegue resultados”, disponível em: http://economia.publico.pt/Noticia/quando-o-fisco-sueco-sai-a-rua-consegue-resultados_1527486
(4) - Dores, António; Triães, João; Magone, José M.; Jalali, Carlos; Sousa, Luís de. "A Corrupção e os Portugueses - Atitudes, Práticas, e Valores". Lisboa: RCP Edições, 2008

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Intervenção do Movimento ANTI-Corrupção na Prova Oral

No passo do dia 12 de Setembro o programa de rádio Prova Oral da Antena 3 foi dedicado ao tema da Corrupção. O convidado principal de Fernando Alvim nesse dia foi Luís de Sousa, politólogo, investigar do tema da corrupção e presidente da TIAC - Transparência e integridade, associação cívica.
Tendo sabido, no próprio dia, do programa especialmente dedicado ao tema que temos vindo a tratar e sobre o qual temos intervido no Movimento ANTI-Corrupção, Micael Sousa contactou a Antena 3 e conseguiu ter uma pequena intervenção durante o programa. Aqui fica essa partilha.

domingo, 24 de julho de 2011

Falta de informação sobre corrupção e as ferramentas para a denunciar

A recente notícia "Corrupção: mais de mil queixas, só seis inquéritos" publicada na sitio da Internet da tvi24 vem, infelizmente, reforçar muito do que temos defendido aqui no Movimento Anti-Corrupção. De facto, no que toca à corrupção, existe muita desinformação e os cidadãos não estão capacitados para poderem utilizar as ferramentas - mesmo que ainda poucas - disponíveis ao seu alcance para poderem, directa e indirectamente, contribuir para diminuir os índices de corrupção em Portugal.


leia-se então na integra o texto publicado em 18 de Julho de 2011 pela tiv24:
Uma linha aberta ao cidadão para denunciar crimes de corrupção, no site da Procuradoria-Geral da República, recebeu desde Novembro mais de mil participações, mas apenas seis deram lugar a inquéritos para processo-crime.

A linha visa permitir que todos os que conhecem fenómenos de corrupção possam denunciar de forma anónima. Há um magistrado que está exclusivamente dedicado ao site.

Desde Novembro e até 12 de Julho, foram feitas 1.002 denúncias, número que não permite perceber se é uma participação significativa ou não, já que este instrumento é pioneiro em termos europeus, não existindo referências internacionais.

Para os cidadãos que o pretenderem, que deixarem contacto ou mesmo um e-mail anónimo, terão respostas sobre o andamento da sua denúncia.

A directora do Departamento Central de Investigação e Acção penal (DCIAP), Cândida Almeida, disse à Lusa que dessas mais de 1.000 denúncias «todas tiveram uma resposta».

Do total, cerca de 85 por cento dos relatos apresentados «são relativos a uma dívida fiscal, reclamações que uma pessoa fez de um serviço público, pessoas que têm problemas com filhos deficientes, situações de queixas a uma entidade pública que não respondeu», ou seja, são, quase todas, meros «problemas pessoais».

O facto de todas estas denúncias não terem resultado em pistas para investigação de crimes de corrupção não significa que as pessoas fiquem sem resposta. Pelo contrário, para Cândida Almeida, o conceito de um Ministério Público de proximidade obriga a um dever de «mediação e intervenção», pelo que tudo é reencaminhado para as respectivas entidades.

Dos restantes 15 por cento das reclamações, há uma grande parte (dois terços) que tem a ver com fraudes fiscais, denúncias de empresas que não pagam impostos, que têm facturas falsas, entre outras, e são encaminhadas para os departamentos de investigação respectivos. 
Apenas 5 por cento das denúncias são mesmo relativas a corrupção, mas, mesmo assim, muitas delas com dados genéricos.

Destas denúncias, apenas seis deram lugar a inquérito. As três primeiras resultaram num processo relativo a uma rede que se dedicava à emissão de cartas de condução falsas, uma segunda denúncia que foi encaminhada para este mesmo processo e uma terceira que suscitou uma investigação recente a farmácias.

No entanto, não se pode dizer que todo aquele volume de 1.002 denúncias só resultou em seis inquéritos, porque há 83 que suscitaram indícios que justificaram averiguações preventivas, as quais podem dar, ou não, lugar a abertura de inquérito. Estão a ser investigadas, seja no DCIAP ou na Polícia Judiciária.

Muitas destas queixas podem dar lugar apenas a encaminhamento para processos administrativos no seio das entidades respectivas, como a ASAE ou a Segurança Social, entre outras, mas outras podem suscitar inquérito e consequentemente processo-crime.


As conclusões podem ser muitas e uma delas, seguramente, é que não há informação e formação cívica suficiente para lidar com os casos de corrupção. Muitas vezes é evidente que até se torna difícil conseguir definir claramente o que é um acto de corrupção de facto.
Assim, pensamos que continuará, para além da implementação de medidas de penalização, ser imperativo apostar fortemente na consciencialização, formação e informação, como propomos na "Petição Combate à corrupção através da consciencialização, informação, formação e educação", como modo de combater a corrupção em Portugal.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Briefing Transparência Inteli - Noticias de 5-07-2011 a 21-07-2011

Divulgamos as noticias que nos chegam pela parceria entre a TIAC e a INTELI, notícias referentes ao período entre 5 de Julho e 21 de Julho de 2011.

Salientamos que a recolha e filtragem das notícias é da responsabilidade da INTELI, sendo que o Movimento Anti-Corrupção apenas se limita a divulgar este trabalho.

A responsabilidade pelos conteúdos das notícias é dos próprios autores e meios de comunicação em causa.

Seguem então as notícias:

PORTUGAL:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Briefing Transparência Inteli - Noticias de 20-06-2011 a 04-07-2011

Divulgamos as noticias que nos chegam pela parceria entre a TIAC e a INTELI, notícias referentes ao período entre 20 de Junho e 4 de Julho de 2011.

Salientamos que a recolha e filtragem das notícias é da responsabilidade da INTELI, sendo que o Movimento Anti-Corrupção apenas se limita a divulgar este trabalho.

A responsabilidade pelos conteúdos das notícias é dos próprios autores e meios de comunicação em causa.

Seguem então as notícias:

NACIONAL:

INTERNACIONAL:

terça-feira, 28 de junho de 2011

Movimento Anti-Corrupção na Revista Notícias de Sábado do DN

Partilhamos o excerto da entrevista, realizada por Sónia Morais Santos, em que convidou o criador do Movimento Anti-Corrupção para falar um pouco sobre esta iniciativa. A entrevista fez parte de um rol de outras inseridas numa peça jornalística de título "Cidadãos Contra a Inércia", publicada em 28 de maio de 2011 na Revista Notícias de Sábado do Diário de Notícia.

Seguem as palavras resultantes da entrevista e da autoria já anteriormente citada:

Luvas. Cunhas. Favores. Empurrõezinhos. Clientelismos. Jeitinhos e jeitões. Micael Sousa, 28 anos, começou a ter desde muito cedo consciência da corrupção que singra no nosso país. E simultaneamente compreendeu que esse era um dos grandes males da nossa sociedade. «Acho que foi na adolescência. Quando comecei a querer conhecer o nosso país e o que o distinguia dos países da Europa Central e do Norte, uma das questões que sobressaiu sempre, em nosso desfavor, foi a corrupção. Não só a grande como a pequena. É ética e matematicamente tão grave os poucos que roubam milhões como os milhões que roubam pouco.»
À medida que ia estudando o assunto, mais convicto ficava de que queria combater o fenómeno. «Comecei a pesquisar e fiquei surpreendido por não haver em Portugal um grupo, um movimento que se preocupasse com o assunto. Li vários ensaios, vários estudos, e um livro muito bom, escrito por um investigador português, Luís de Sousa, A Corrupção e os Portugueses. Está lá tudo. Quanto mais lia, mais sentia que era minha obrigação fazer alguma coisa. E em Março de 2010 nasceu o Movimento Anti-Corrupção, um movimento que visa a consciencialização para este problema.»
Há pouco tempo surgiu também a TIAC (Transparência e Integridade - Associação Cívica), com a qual Micael Sousa tem trabalhado em parceria. «No nosso entender, este fenómeno é cultura, de maneira que a consciencialização deve começar o mais cedo possível, em casa, nas escolas.» Assim, o blogue movimentoanti-corrupcao.blogspot.com e a página [e grupo] do movimento no Facebook põem ao dispor uma petição pública em que são propostos três modos de actuação através da prevenção: «A informação aos alunos nas escolas sobre o que é a corrupção e de que forma se manifesta (passar à frente numa fila já é uma forma de corromper as regras); aulas de ética e deontologia nas universidades; e campanhas de intervenção junto da população em geral. A petição já tem mais de 1300 assinaturas.»Micael Sousa é formado em Engenharia Civil e está a concluir o mestrado em Energia e Ambiente. Mas o combate à corrupção é a sua grande tarefa, tão grande que muitos o apelidam de utópico, de fantasioso, de irrealista. Ele sabe que tem muito trabalho pela frente e acredita que vale a pena lutar contra um monstro tão grande e tão enraizado na cultura nacional. «Quanto mais difícil melhor. Essa é a minha maior motivação. Mas não creio que seja utópico, porque não tenho a pretensão de acabar com a corrupção. Quero contribuir apenas para que algo mude em relação a isto. Nem que seja as pessoas tomarem consciência de que a corrupção existe e é eticamente reprovável. Não proponho nada de revolucionário, nada de radical. Isto é para ir fazendo, com calma. Até porque as grandes mudanças de mentalidade nunca se fizeram de um dia para o outro.»

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Entrevista para o Região de Leiria sobre a nomeação para o The BOBs

A propósito da nomeação aqui do blogue para o concurso internacional de blogues do The BOBs o semanário Região de Leiria, por intermédio do jornalista João Carreira, remeteu para o criador do Movimento Anti-Corrupção algumas questões.

Aqui ficam a perguntas colocadas e as respectivas respostas

RL.O que representa esta nomeação?
MS.Primeiro uma surpresa, depois uma motivação para continuar com o trabalho e iniciativas desenvolvidas. Por fim, uma oportunidade para chegar a mais pessoas e poder passar a mensagem, e de que contamos com elas para fazer mais e melhor.
RL.Quando lançou o blogue e qual a sua motivação?
MS.O blogue foi lançado em 25 de Dezembro de 2010 e surgiu da necessidade de ter um espaço mais perene, editável, e estável para além das actividades nas redes sociais, nomeadamente o facebook. A principal motivação é contribuir para combater os fenómenos da corrupção pela tomada de consciência da nossa responsabilidade e de quanto este mal nos afecta e faz marcar passo.
RL. Quais os números que mais o impressionam sobre a corrupção em Portugal?
MS.Na verdade não há muitos números concretos. Em 2005 o vice-presidente do banco mundial afirmou, com base em 350 indicadores económicos, que Portugal sem corrupção poderia ter o mesmo nível de vida da Finlândia. Em 2010 um estudo da Universidade do Porto afirmava que a economia paralela representava 24,2% do PIB. Mais que os números assusta a resignação e a desresponsabilização de todos.
RL. Já se apercebeu que o blogue tenha feito a diferença em alguma questão específica?
MS. Através do blogue tem se apostado, acima de tudo, na consciencialização. Pode parecer trivial mas o combate à corrupção pela informação, formação e educação tem sido constantemente menosprezado em Portugal. O que vai faltando é a ética e a capacidade de sermos responsáveis e actuar perante uma corrupção que é já cultural. Isso só vai lá com a difusão de novos valores e práticas.
RL. Que feedback tem recebido, quer sobre o blogue, quer no que respeita à petição?
MS. Tenho recebido um pouco de tudo. Desde mensagens de apoio às de resignação e descrédito, mas muitas mais as no sentido de que as medidas propostas já deveriam ter sido implementadas há muito tempo. No fundo, quanto mais tempo perdermos sem nada fazer mais dificilmente a desejada mudança rumo a uma sociedade mais íntegra e transparente acontecerá.

P.S. (Fica o agradecimento pela oportunidade de divulgação a João Carreira e ao semanário Região de Leiria)

sábado, 26 de março de 2011

Nomeação do blogue do Movimento ANTI-Corrupção para o concurso internacional The BOBs

No passado dia 22 de Março de 2011 aqui o blogue foi nomeado pelo "The BOBs - The Best of Blogs Deutsche Welle Blog Awards" para concorrer na categoria de "Best Social Activism Campaign". O blogue foi escolhido dentre 2101 blogues propostos, em 17 categorias diferentes, e é o único representante Português.

Link para a categoria "Best Social Activism Campaign"

 As votações iniciaram-se dia 22 de Março e terminam dia 11 de Abril de 2011. Para votar há que aceder à página do The BOBs, fazer log in com o registo de Facebook ou Twitter, sendo que cada pessoa só tem direito a um voto por categoria, escolher a categoria (na caixa de selecção) "Best Social Activism Campaign" e (na caixa imediatamente ao lado) o "Movimento Anticorrupção". Depois basta clicar no botão vote que deve ficar a "cor-de-rosa".

Até à data foram publicadas algumas notícias, em vário meios de comunicação, sobre esta nomeação, nomeadamente no:
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