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terça-feira, 12 de novembro de 2013

"Portugal não protege quem denuncia a Corrupção" - TIAC

A Transparência e Integridade - Associação Cívica (TIAC) vem novamente, através das suas muitas iniciativas e estudos, referir mais um aspecto da realidade Portuguesa no que toca ao combate à corrupção.
Sabe-se que para um efetivo combate à corrupção é necessária uma forte condenação social e judicial da corrupção, e para isso é necessária também uma protecção social e efeitva dos denunciantes, desde a protecção informal que passa pela manutenção do prestigio social - caso do negativismo ainda associado ao "bufo" tão própria das heranças do tempo da ditadura - à protecção judicial efeitva associada aos casos em que os poderes denunciados podem atentar, de vários modos contra ,o cidadão responsável que denuncia.
 
 
 
Assim, vale a pena ler e seguir a segunte publicação da TIAC: "Portugal não protege quem denuncia a corrupção, diz relatório da Transparency International"

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Índice de Percepção de Corrupção 2012

Já está disponível o Índice de Percepção de Corrupção 2012. Portugal mantém o mesmo patamar segundo este índice, ocupa este a ano, a nível europeu, o 15º lugar e, o 33º, a nível mundial, entre 176 países.  No entanto, segundo os novos parâmetros do índice, obtém, de 0 a 100, o valor de 63, ou seja, muito perto do valor dos países "menos limpos" a nível mundial. De notar que o índice revelado pela TI é apenas um indicador de percepção, revelando a percepção que existe sobre a corrupção em cada país, podendo ser muito superior ou inferior - aqui os fenómenos e características sociais de cada país poderão enviezar os resultados, pelo que as leituras deste índice devem ser cuidadosas.

A percepção da corrupção pouco ou nada melhorou nos últimos anos. Partindo do principio que isso traduz efectivamente o nível de corrupção em Portugal, podemos inferir que, provavelmente, este pode ser um parâmetro importante do "estado de coisas" que se vive em Portugal.
No fundo, poucas ou nenhumas iniciativas têm sido feitas para combater a corrupção em Portugal, nem legislativas nem educativas/cívicas, faltando por base uma estratégia nacional para o problema.
O Tribunal de Contas (através do Conselho de Prevenção da Corrupção) e o DCIAP, e agora a TIAC, têm feito iniciativas pontuais, mas muito há por fazer, exigindo-se que o Governo tome medidas nesse sentido. Provavelmente, como temos defendido, esta situação só se irá inverter com uma nova consciência colectiva  ética e cívica por parte dos cidadãos. Resta saber quem dará o mote para uma verdadeira mudança de paradigma. Serão as instituições ou a sociedade civil, nas suas próprias dinâmicas, a alavancar a mudança que precisamos?

Autor: Micael Sousa

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

É Hora de Acordar - Vídeo de Intervenção e Sensibilização Português

"É Hora de Acordar" é o primeiro vídeo de intervenção e alerta da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC).
O Vídeo em causa tem o grande mérito de ser o primeiro de um género de campanha que muita falta fazia em Portugal. Como temos defendido, é necessário começar a usar dos meios multimédia para auxiliar no combate à corrupção. O foco que a TIAC deu foi claramente nos grandes exemplos de corrupção, mas referiu também um exemplo de corrupção do dia-a-dia, aquele tipo que mais facilmente o cidadão replica. Ou seja, é um excelente primeiro passo para que no futuro mais campanhas surjam e o problema possa ser tratado e analisado numa visão abrangente, tal como se exige: tratando a pequena como a grande corrupção, e o facto de ser transversal a toda a sociedade portuguesa.

Parabéns à TIAC pela iniciativa.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Iniciativas TIAC: Relatório e formação sobre o Sistema Nacional de Transparência

A "TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica" tem-se evidenciado pelos seus esforços no sentido de criar em Portugal ferramentas, estudos e ações concretas, devidamente fundamentadas, para que seja possível intervir no sentido de tornar mais transparentes os setores e áreas mais críticas da vida nacional.

http://integridade.transparencia.pt/

Em Maio a TIAC lançou o seu primeiro relatório do "Sistema Nacional de Integridade" (SNI), um extudo sem precedentes que avalia os principais pilares da sociedade portuguesa, apontando falhas e medidas de melhoria. Para saber mais sobre o relatório do SNT: http://integridade.transparencia.pt/?q=docs/sistema-nacional-de-integridade-portugal

Em breve a TIAC vai também organizar um curso livre no âmbito do próprio SNI, com a formação organizada por temas e assuntos, onde se disponibilizama dados e elementos necessários para poder estudar a compreender os fenómenos de corrupção próprios e associados à sociedade portuguesa. Dica o link para saber mais sobre o curso em causa: http://integridade.transparencia.pt/?q=blog/curso-livre-sistema-nacional-de-integridade-candidaturas-at%C3%A9-26-de-agosto

Gostariamos de salientar também um recente artigo de um dos blogues do jornal Público sobre este tema, com o nome "A Corrupção ensina-se?", por tudo que ver com o que temos defendido aqui no movimento: http://blogues.publico.pt/asclaras/2012/08/01/a-corrupcao-ensina-se/

As iniciativas que a TIAC tem criado são de louvar, e seguramente muito importantes para o combate à corrupção em Portugal, pelo que faremos tudo o que pudermos para divulgar e incentivar à participação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nota de Imprensa da TIAC de 27 de Julho de 2011

Partilhamos aqui no blogue do Movimento Anti-Corrupção a a nota de Imprensa de 27 de Julho da TIAC, comunicação que passamos a citar de seguida:



TIAC condena nomeações políticas
na Administração Pública e empresas do Estado

Associação reclama reformas urgentes no sistema de nomeações públicas

A TIAC – Transparência e Integridade Associação Cívica, ponto de contacto em Portugal da organização internacional de luta contra a corrupção Transparency International, manifesta a sua oposição e alarme quanto à forma como foram escolhidos os novos elementos da administração da Caixa Geral de Depósitos, no que se teme seja (como tem sido noticiado) apenas o início de uma avalanche de nomeações políticas para ocupar mais de 1200 cargos dirigentes que estão vagos em empresas e organismos do Estado. A TIAC exige ao Governo e do Parlamento reformas urgentes das normas que regem as nomeações públicas.

«A nomeação dos novos corpos sociais da Caixa Geral de Depósitos, feita sem qualquer critério de transparência, ignora por completo as recomendações de prevenção da corrupção que a TIAC apresentou no final de Junho ao Governo e à troika que acompanha o processo de resgate a Portugal. Além disso, levanta fundadas preocupações sobre o modo como algumas das reformas previstas no Memorando de Entendimento, nomeadamente as privatizações e a renegociação das parcerias público-privadas, irão ser conduzidas», diz o presidente da TIAC, Luís de Sousa.
 
Para a TIAC, as nomeações já anunciadas para a Administração e a Comissão de Auditoria da Caixa Geral de Depósitos dão seguimento à promiscuidade entre a política e os negócios. A nomeação para a Comissão de Auditoria, em regime de não exclusividade, de advogados envolvidos em negócios nos quais a CGD é participante ou parte interessada, são pontos de particular preocupação. «Este conjunto de nomeações revela uma inquietante indiferença por parte do Governo em relação aos conflitos de interesses nas relações entre o sector público e o sector privado. Esperemos que não seja um anúncio do que ainda está para vir», diz  Luís de Sousa.

De modo a salvaguardar o interesse público e a transparência nas nomeações públicas e na condução dos negócios do Estado, a TIAC reitera três recomendações urgentes:
 
1 – Que seja alterada a Lei 51/2005 de 30 de Agosto (a qual determina o fim do mandato dos directores-gerais da Administração Pública, com a tomada de posse de um novo Governo) no sentido de alargar o procedimento concursal assente no mérito e na livre concorrência aos cargos de dirigentes na Administração Pública e acabar com as nomeações de confiança política por despacho do primeiro-ministro e/ou membro do Governo. «Esta prática de partidarização da Administração Pública tem sido uma das principais causas do despesismo clientelar no aparelho do Estado e é um dos grandes entraves à sua modernização», diz Luís de Sousa.
2 – No que concerne as nomeações para órgãos reguladores, institutos e fundações de gestão pública, empresas públicas ou com participação do Estado, a TIAC recomenda que a escolha dos candidatos seja objecto de audiência e escrutínio pelas comissões parlamentares de Ética e Economia. As biografias dos candidatos devem obedecer a um formato específico e ser públicas, elencando os cargos ocupados nos últimos anos, interesses detidos (representações em órgãos sociais, participações em capital, etc.), filiações partidárias, laços de família, cargos desempenhados em actuais fornecedores ou clientes e tudo aquilo que possa constituir um conflito de interesses real, potencial ou aparente com a actividade que vão exercer. As biografias dos candidatos e os processos de nomeação deverão constar de um site próprio de fácil consulta.
 
3 – No que concerne aos avaliadores/auditores em processos de privatização ou de renegociação de Parcerias Público-Privadas, a TIAC recomenda a criação de uma bolsa de avaliadores/auditores qualificados/credenciados. Compete às Comissões de Ética e Economia da AR definir os termos dos processos de acreditação, cujas regras e procedimentos devem constar de um site próprio de fácil consulta.
 
«O Governo e o Primeiro-Ministro tinham anunciado que iriam romper com as velhas práticas de partidarização do sector público. Pelos vistos, parecem ter-se ficado pelas intenções. A partir de agora, aberto este precedente, é expectável uma pressão feroz por parte das clientelas políticas dos partidos no Governo para o assalto em força à máquina do Estado. O Governo precisa de ser firme, abster-se de fazer nomeações políticas que premeiam fidelidades partidárias à custa do interesse público e avançar o quanto antes com estas reformas no sistema de nomeações para a Administração Pública e organismos do Estado», defende o presidente da TIAC, Luís de Sousa.

Reconhecendo a TIAC como entidade nacional que reúne o Know How sobre a temática da corrupção, especialmente de um ponto de vista académico, continuaremos a fazer chegar aos seguidores do Movimento Anti-Corrupção a informação desta associação que nos vai chegando, cumprindo assim um dos objectivos deste movimento que é contribuir para a informação e consciencialização para as temáticas da corrupção.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Briefing Transparência Inteli - Noticias de 5-07-2011 a 21-07-2011

Divulgamos as noticias que nos chegam pela parceria entre a TIAC e a INTELI, notícias referentes ao período entre 5 de Julho e 21 de Julho de 2011.

Salientamos que a recolha e filtragem das notícias é da responsabilidade da INTELI, sendo que o Movimento Anti-Corrupção apenas se limita a divulgar este trabalho.

A responsabilidade pelos conteúdos das notícias é dos próprios autores e meios de comunicação em causa.

Seguem então as notícias:

PORTUGAL:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nota de Imprensa da TIAC de 6 de Junho de 2011

Partilhamos aqui no blogue do Movimento Anti-Corrupção a a nota de Imprensa de 6 de Junho da TIAC, comunicação que passamos a citar de seguida:


 TIAC recomenda à Troika medidas anti-corrupção

Documento de trabalho enviado também ao novo Governo

A Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC), Ponto de Contacto Nacional da organização internacional de luta contra a corrupção Transparency International, entregou no final de Junho um documento de trabalho sobre o combate à corrupção à Comissão Conjunta composta pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, que negociou com o Estado um pacote de ajuda financeira para Portugal.
 
O documento detalha as preocupações da TIAC acerca da implementação das medidas previstas no acordo assinado com o Estado português. Durante uma reunião com a Comissão Conjunta, a 5 de Maio passado, a TIAC manifestou o seu apoio às reformas delineadas que, apesar de não incluírem medidas específicas de combate à corrupção nas reformas do sector público e da Justiça, impõem mais transparência e controlo da despesa pública, incluindo alterações aos esquemas remuneratórios dos organismos públicos, redução de cargos de chefia, melhoria da supervisão bancária e maior prestação de contas na Administração Pública e no Sector Empresarial do Estado.
 
Para além da necessidade de o executivo definir uma estratégia e um plano de acção nacional de combate à corrupção e da AR efectivar um sistema de gestão de conflitos de interesse por parte dos Ministros, Secretários de Estado e Deputados, a TIAC exige uma maior transparência e rigor nas aquisições públicas, nos processos orçamentais, na celebração ou renegociação de PPP, nos processos de privatizações que terão lugar a curto prazo e na atribuição do estatuto “PIN” ou outros de cariz excepcional.
 
A Direcção da TIAC reafirma ainda a sua disponibilidade para trabalhar, como organização da sociedade civil, em conjunto com a Comissão Conjunta e as autoridades nacionais no acompanhamento das reformas acordadas, de forma a garantir que tragam mais eficácia ao combate à corrupção e à promoção da transparência em Portugal.

Nesse sentido, foram endereçadas cópias deste documento de trabalho ao Presidente da República, Cavaco Silva, à nova presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e ao novo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Reconhecendo a TIAC como entidade nacional que reúne o Know How sobre a temática da corrupção, especialmente de um ponto de vista académico, continuaremos a fazer chegar aos seguidores do Movimento Anti-Corrupção a informação desta associação que nos vai chegando, cumprindo assim um dos objectivos deste movimento que é contribuir para a informação e consciencialização para as temáticas da corrupção.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Briefing Transparência Inteli - Noticias de 20-06-2011 a 04-07-2011

Divulgamos as noticias que nos chegam pela parceria entre a TIAC e a INTELI, notícias referentes ao período entre 20 de Junho e 4 de Julho de 2011.

Salientamos que a recolha e filtragem das notícias é da responsabilidade da INTELI, sendo que o Movimento Anti-Corrupção apenas se limita a divulgar este trabalho.

A responsabilidade pelos conteúdos das notícias é dos próprios autores e meios de comunicação em causa.

Seguem então as notícias:

NACIONAL:

INTERNACIONAL:

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Briefing Transparência Inteli - um compêndio de notícias sobre corrupção

Divulgamos a recente parceria entre a TIAC e a INTELI, o "Briefing Transparência Inteli", que tem como objectivo ir compilando e partilhando links sobre notícias relacionadas com o tema da Corrupção. 


 Assim, divulgaremos, de tempos a tempos, aqui algumas os link de notícias que nos chegam por esta via.

Hoje será a primeira destas divulgações e condensa notícias, nacionais e internacionais, até à presente data (20-06-2011).

NACIONAL:

INTERNACIONAL

terça-feira, 14 de junho de 2011

Criação e Apresentação do Sistema Nacional de Transparência

Divulgamos aquilo que é um marco no combate à Corrupção em Portugal, ou melhor, aquilo que será seguramente um dos principais motores e plataformas de estudo e apoio ao combate da Corrupção. 
A Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), a INTELI e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) criou o Sistema Nacional de Transparência.
Cada vez mais se vão reunindo as condições para se fazer um combate sério e de fundo, com efeitos reais e a longo prazo, em Portugal.


Passamos a revelar a notícia da divulgação desta plataforma pelos próprios:

Este projecto irá avaliar a extensão e as causas da corrupção em Portugal e medir a eficácia dos esforços nacionais de combate à corrupção, através de uma extensa análise documental, entrevistas a actores privilegiados (na academia, na administração pública, na esfera política, no sector empresarial, na comunicação social e na sociedade civil) e validação de indicadores de desempenho.

“Avaliar a eficácia das estruturas de combate à corrupção é a melhor forma de iniciar uma mudança de valores na sociedade portuguesa. Precisamos de mobilizar os cidadãos para o combate à corrupção e esta avaliação dará à sociedade civil armas para pressionar os decisores a implementarem as reformas cruciais ao bom desempenho do sistema político, económico e social do país”, diz Luís de Sousa, presidente da TIAC, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) e coordenador do grupo de investigação responsável pelo projecto.

A avaliação do Sistema Nacional de Integridade, que pode ser seguida no site integridade.transparencia.pt, incidirá sobre 13 pilares da sociedade portuguesa: Parlamento, Governo, Tribunais, Administração Pública, Ministério Público e Organismos de Investigação Criminal, Comissão Nacional de Eleições, Provedor de Justiça, Tribunal de Contas, Organismos Especializados de Combate à Corrupção, Partidos Políticos, Comunicação Social, Sociedade Civil e Sector Privado.

A gestão financeira do projecto cabe ao ICS-UL e as actividades de investigação, disseminação e de advocacia social serão da responsabilidade da TIAC e da INTELI.

http://integridade.transparencia.pt/

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Transparency International apela aos líderes da OCDE para fortalecer o combate à corrupção

 Divulgamos a mais recente comunicação da TIAC - Transparência e Integridade, Associação cívica


Novo relatório mostra que a implementação da Convenção Anti-Suborno da OCDE estagnou

O novo relatório da Transparency International (TI), a organização internacional de combate à corrupção, mostra que não se verificaram melhorias ao nível da implementação da Convenção Anti-Suborno da OCDE durante o último ano e alerta para a enorme perda que tais resultados assinalam ao nível do combate à corrupção.

O Relatório de Monitorização da Implementação da Convenção da OCDE da Transparency International mostra-nos que dos 37 países analisados apenas 7 contam com uma implementação activa e 9 com uma implementação moderada. Portugal integra o grupo de 21 países com pouca ou nenhuma implementação.

“Nos últimos anos, Portugal tem sido palco de investigações sobre alegadas práticas de corrupção e fraude por empresas estrangeiras. A par da perda de competitividade durante a última década, o crescendo deste tipo de práticas é também ilustrativo de uma perda de qualidade no funcionamento da nossa economia e da afirmação de uma classe dirigente que entende a política como uma oportunidade de negócio e enriquecimento pessoal e/ou partidário”, diz Luís de Sousa, presidente da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), ponto de contacto nacional da Transparency International.

“Em dois dos casos mais mediáticos, o caso Freeport e o caso dos submarinos/Ferrostaal, a cooperação internacional tem demonstrado enormes fragilidades quer do ponto de vista da investigação criminal, quer no que concerne a vontade política para combater este tipo de criminalidade. Não podemos continuar a tratar este tipo de infracções com multas irrisórias. No actual contexto, é importante que as magistraturas não percam noção da gravidade económica e social do fenómeno. É importante que o país dê um sinal claro aos investidores estrangeiros de que o nosso mercado funciona com regras e quem for apanhado a prevaricar sofrerá as devidas consequências. É necessário passar a mensagem de que nem sempre os fins justificam os meios utilizados e de que fazer negócios em Portugal é um compromisso de longo termo e uma aposta num investimento de segurança e de qualidade. Só deste modo poderá Portugal fazer face à crise em que se encontra”, acrescenta Luís de Sousa.

Huguette Labelle, Presidente da TI, apela aos líderes governamentais, que estarão presentes na reunião Ministerial da OCDE que decorrerá nos dias 25 e 26 de Maio, para que pressionem os Estados-membros em atraso a fortalecer a implementação da Convenção da OCDE.
Em sete anos, esta é a primeira vez em que não foi verificado progresso ao nível do número de países que implementam a proibição contra o suborno estrangeiro prevista na Convenção.

Os resultados da TI são consistentes com a revisão da própria OCDE, que reportou que apenas 5 partes da Convenção sancionaram indivíduos ou companhias durante o ano transacto.

“A prática de suborno em transacções comerciais internacionais raramente faz notícia. Para a maioria da opinião pública a corrupção continua a ser um fenómeno circunscrito ao território nacional. Indignamo-nos com a corrupção dos nossos eleitos e funcionários públicos, mas descuidamos a corrupção praticada pelas nossas empresas no estrangeiro, com consequências devastadoras nos países em via de desenvolvimento”, diz Luís de Sousa.

A TI recomenda que os líderes que irão reunir esta semana em Paris para celebrar o 50º Aniversário Ministerial da OCDE se comprometam a fortalecer a luta contra o suborno no estrangeiro, adoptando um programa de 12 meses que tenha por base os seguintes passos:
  • Os governos cuja implementação se encontre atrasada devem preparar com urgência planos para o reforço da implementação e um calendário de acção;
  • O Secretário-Geral e o Presidente do Grupo de Trabalho sobre Suborno devem reunir-se com os líderes dos governos em atraso para revisão dos planos e calendários para reforço da implementação;
  • Uma revisão completa do estado da implementação deve ter lugar na Reunião Ministerial de Maio de 2012;
  • O Grupo de Trabalho sobre Suborno deve publicar a lista dos governos em atraso na implementação, deixando clara a necessidade de um maior nível de diligência nos negócios com as empresas sediadas nesses países.

Dimensão do problema do suborno continua enorme
Segundo a Transparency International, o suborno pode significar um acréscimo de até 25% aos custos totais em aquisições governamentais. O Banco Mundial afirma que o custo da corrupção é de um bilião de dólares por ano. E que o dinheiro corrupto associado a subornos recebidos por funcionários públicos nos países em desenvolvimento ou em transição está entre os 20 e os 40 mil milhões de dólares por ano. A enorme escala de suborno torna clara a necessidade de acção por parte dos governos para reforçar a implementação.

Nota para editores:
A tabela completa com o número de casos e investigações por país, assim como os relatórios nacionais detalhados e estudos de caso importantes de suborno estrangeiro envolvendo empresas multinacionais estão no relatório em anexo.
O relatório cobre todos os países membros da OCDE, excepto a Islândia (que não tem um Ponto de Contacto da Transparency International). São ainda analisados 4 países signatários da Convenção: Argentina, Brasil, Bulgária e África do Sul.


Este comunicado é da inteira responsabilidade da TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

TIAC e Troika discutem implementação do pacote de ajuda externa

De seguida o mais recente comunicado da TIAC - Transparência e Integridade, Associação cívica:

TIAC apoia medidas que impõem mais transparência ao Estado mas alerta para riscos de corrupção nas reformas acordadas

Lisboa, 6 de Maio de 2011
A Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC), Ponto de Contacto Nacional da organização global de luta contra a corrupção Transparency International, reuniu esta quinta-feira, 5 de Maio, com a comissão conjunta composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional para discutir a implementação das medidas previstas no Memorando de Entendimento acordado com o Estado português.

A TIAC manifesta a sua satisfação e o seu apoio às medidas previstas no Memorando que, apesar de não preverem mecanismos de combate à corrupção nas reformas do sector público e da Justiça, impõem mais transparência e controlo da despesa pública, incluindo alterações aos esquemas remuneratórios dos organismos públicos, redução de cargos de chefia, melhoria da supervisão bancária e maior prestação de contas na Administração Pública e no Sector Empresarial do Estado.

“Qualquer discussão sobre a reforma do sector público e da Justiça tem de incluir uma discussão séria sobre o fortalecimento das políticas anti-corrupção. Este programa de assistência financeira é uma oportunidade única para os decisores portugueses fazerem reformas profundas nesta área e mudarem as suas atitudes na gestão dos recursos públicos”, diz o presidente da TIAC, Luís de Sousa.

A TIAC alerta que algumas das reformas previstas no Memorando de Entendimento, como as privatizações, a renegociação das Parcerias Público-Privadas ou a reestruturação das forças armadas, podem abrir oportunidades para a corrupção, sobretudo dada a forte promiscuidade entre interesses públicos e privados em Portugal e os baixos custos morais e legais associados a transacções ilícitas. Por isso mesmo, é fundamental que estas operações sejam acompanhadas de instrumentos apropriados de monitorização e avaliação.

“Neste momento, a TIAC está a desenvolver, em parceria com a INTELI, um mecanismo para monitorizar e avaliar a implementação dos contratos de contrapartidas nas aquisições públicas militares. Precisamos de uma aproximação semelhante para os processos de privatização, para os investimentos públicos e para renegociação das PPPs”, diz Luís de Sousa.

Na sua reunião de trabalho, a TIAC alertou a Troika para três importantes fragilidades do sistema nacional de integridade que necessitam de mais atenção:

i)        O enquadramento legal anti-corrupção (prevenção e supressão) ainda não está totalmente alinhado com os predicados e normas internacionais, não se encontra articulado de forma extensiva e demonstra um registo muito fraco de aplicação sancionatória.

ii)       As políticas públicas anti-corrupção estão dispersas (entre várias leis e instrumentos legais) e são inconsistentes (reactivas a pressão externa crescente, ao invés de serem desenvolvidas de forma pró-activa e sustentada), e as consultas públicas, a este respeito, são praticamente inexistentes.

iii)     O aparato institucional actual, do lado da supressão, é fragmentado e desprovido de capacidade de coordenação e aplicação sancionatória; do lado da prevenção, está subdesenvolvido.

A TIAC está disponível para colaborar com a comissão conjunta nos passos seguintes, especialmente na monitorização do progresso na implementação destas reformas, do ponto de vista da transparência e da integridade.

Este comunicado é da inteira responsabilidade da TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica
Podem seguir a TIAC também na sua página de Facebook.

sábado, 7 de maio de 2011

Divulgações da TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica

O Movimento Anti-Corrupção, identificando a TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica - como a principal organização nacional com capacidade para tratar o tema da corrupção - o seu estudo e combate -, passará a fazer a divulgação das iniciativas realizadas pela TIAC.


Aproveitamos para convidar todos os cidadãos que se identifiquem com os valores e objectivos da TIAC a  a seguirem a página de Facebook da associação, o sítio da Internet e, caso pretendam levar o vosso envolvimento mais a fundo, a associarem-se.


Segue uma breve nota sobre a associação em causa-
Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC) – www.transparencia.pt

A TIAC, o ponto de contacto nacional da Transparency International, é uma associação sem fins lucrativos que tem como finalidade geral promover a legalidade democrática e a boa governação, combatendo a corrupção e fomentando os valores da transparência, integridade e responsabilidade na opinião pública, nos cidadãos e nas instituições e empresas públicas e privadas, nomeadamente através da realização de campanhas públicas, projectos de investigação, acções de formação e da cooperação com outras organizações governamentais e não-governamentais.
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